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Existem pessoas que já têm certa predisposição para o transtorno, enquanto outras podem estar sujeitas a ele após alguns usos de uma substância. Reconhecida como uma doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a dependência química consiste nas consequências
clínica de recuperação para menor
Assim como o dependente precisa acreditar na sua recuperação e tentar viver um dia de cada vez, as pessoas ao redor devem acreditar que é possível. Deste modo, seja paciente se a pessoa sofrer uma recaída, caso sinta medo ou até mesmo se ela tentar desistir. Jamais deixe que a pessoa se entregue à depressão e caia novamente no mundo das drogas.
Um exemplo é quando age como vetor do HIV e da hepatite C no compartilhamento de seringas em drogas injetáveis. Em outras palavras, o indivíduo passa a ser impulsivo, desejando mais e mais a substância em questão, a fim de revisitar sensações de prazer. Ou seja, produzimos o hormônio do bem-estar quando realizamos atividades que nos completam. Os indivíduos vão atrás de sentimentos positivos, ainda que fugazes, sem medir as consequências do perigo ao qual estão se submetendo. Na psicologia e na psiquiatria, chamamos tal movimento de recompensa, e esse é um dos motivos que ajudam a explicar a dependência.

Hoje em dia, existem diversas maneiras de tratar essa doença séria, e é exatamente sobre isso que vou falar com mais detalhes a partir de agora. Somadas a esses fatores, temos a carência de um suporte social adequado, a falta de políticas públicas em ações educacionais e preventivas, a necessidade de aceitação em determinados grupos, a sensação de libertação, contravenção e a fuga das responsabilidades. É só observar uma festa rave para atestar isso – a administração de substâncias sintéticas é quase um “kit balada” obrigatório. No entanto, ao fazer uso recorrente de entorpecentes, é como se enviássemos uma mensagem para o nosso cérebro dizendo que o único modo de termos acesso a sentimentos positivos é por meio das drogas.
Há, sim, diversas opções de tratamento para dependência química disponíveis atualmente, sendo que muitas vezes diversas terapias são utilizadas em conjunto para obter os melhores resultados. As medicações devem ser criteriosamente escolhidas e monitoradas pela equipe responsável. Ter esse cuidado é fundamental para que o dependente químico não abuse dos medicamentos ou adote alguma postura prejudicial à saúde. O ideal é que essas intervenções terapêuticas combinadas sejam feitas em instituições especializadas e que disponibilizem uma equipe multidisciplinar, composta por médicos clínicos, psiquiatras, psicólogos, assistente social e outros. Além do uso de remédios, o trabalho de aconselhamento auxilia na importância de evitar comportamentos que colocam a saúde em risco.
Fui entrando em um ritmo de vida acelerado, trabalhando muito e, quando vi, eu experimentei novamente. Vinha a memória eufórica da droga, em nenhum momento associei à 'desgraceira', como chamamos entre os dependentes. Tudo o que era de muito ruim e dilacerante estava apagado, porque nunca fiquei tanto tempo limpo. Diz que um piloto automático o acompanhava, como uma voz para indicar quais comportamentos eram arriscados. "Era uma proteção para lembrar que tudo o que você coloca para dentro molda a sua vida." O protocolo envolvia terapia depois do uso da substância, e os pesquisadores analisaram que a aderência ao acompanhamento foi essencial para o sucesso da intervenção.
Por isso, é importante que o paciente desenvolva habilidades que o ajudem a prevenir recaídas, o que inclui criar um planejamento para o período posterior à internação na clínica de reabilitação, com metas de curto, médio e longo prazo. A dependência química pode estar relacionada ao consumo de diferentes substâncias, sejam elas lícitas ou ilícitas. É importante ver o dependente químico como alguém que possui uma doença crônica – e ela, como qualquer outra, exige abordagem terapêutica. Ao conhecer as motivações que alimentam o vício, é possível trabalhar a reabilitação cognitiva e social do paciente como um todo, assim como a manutenção da qualidade de vida. No geral, as terapêuticas devem ser reavaliadas constantemente e adaptadas ao momento do paciente. Cada dependente químico estabelece uma relação diferente com a droga, de acordo com as necessidades e individualidades de cada um — sejam elas biológicas, psicológicas e sociais.
Dependência química é o termo utilizado para designar a ingestão de drogas e o uso excessivo de álcool. A ingestão continua mesmo após o aparecimento de problemas de saúde e na vida pessoal do indivíduo em decorrência do uso dessas substâncias. Atualmente, as instituições especializadas em recuperação da dependentes químicos expandiram os tratamentos destinados ao apoio a quem não consegue superar essa batalha sozinho. Sob esse contexto, as metodologias terapêuticas são aplicadas sob uma ótica biopsicossocial do ser e focadas em suas principais necessidades.